7 de abril de 2011

A chance das mulheres nas presidenciais da América Latina.

(obs.: não há nenhuma intenção política neste levantamento, apenas se destaca a rápida ascensão recente das mulheres em candidaturas presidenciais.)

As 7 maiores economias da América Latina são pela ordem Brasil, México, Argentina, Colômbia, Venezuela, Chile, Peru. Daí para a 8a. (Equador) há um pulo muito grande (o PIB do Equador é um pouco mais que 1/3 do Peru.)

Bom, no Brasil temos Dilma [1], com mandato até dez./2014.

No México haverá eleições em 2012:

http://www.terra.com.mx/articulo.aspx?articuloId=676474

Parece que o PRI (muito mal-comparando o PMDB local) dessa vez recuperará o osso, que perdeu em 2000 para o PAN (algo como o PSDB), sendo que o PRD (que se diz de esquerda como PPS e PSB mas apoia o governo neoliberal) ainda não decidiu se lança candidato próprio ou alia a PAN. Não importa, a curiosidade é que nas pré-candidaturas do PAN governista há uma mulher com boas chances, Filomena Vasquez-Mota [2] (mas Santiago Creel ainda é pré-candidato favorito no PAN.)

Na Argentina C. Kirchner [3] desfruta de maior popularidade este ano que na maior parte de seu mandato. As eleições são daqui a alguns meses e ela é nome certo para 2º turno. Não vi sondagens para resultado final, mas parece que ela levará para o mandato 2012-2015.

Na Venezuela não há nada feminino em vista (eleições no final de 2012, com Chávez como favorito em um instituto oficial - óbvio, e perdedor em um instituto da mídia – também óbvio...) Na Colômbia houve uma pré-candidata governista, em 2010, mas Santos levou ao fim.

No Peru vemos que Keiko Fujimori [4] (como Sarah Palin ou Katia Abreu, de matiz conservador. As mulheres estão se impondo na política por todos os lados ou os partidos estão atrás do voto feminino?), embora em 2º lugar para 1º turno aparece como vencedora (em relação a Humala) na última pesquisa de 2º turno (de 28/mar.) para o mandato 2011-2016.

Finalmente no Chile temos uma situação curiosa (http://www.elpatagonico.cl/?p=18451), talvez pelo personalismo. Grosso modo é assim : qualquer pré-candidato governista (Piñera é popular mas não pode se reeleger) ganha nas pesquisas de qualquer pré-candidato da Concertácion que não seja Michele Bachelet [5] e, ao contrário, M. Bachelet ganha de qualquer candidato governista... Chilenos fazem pesquisas com muita antecedência (3 anos pelo menos) e por isso não se deve estranhar, mas a eleição será em dez./2013.

Ao fim e ao cabo o que temos? Durante o ano de 2014 (especificamente) teremos boas chances de ver de 2 a 3 (Roussef, Kirchner, Bachelet) até 5 (+ Vásquez-Mota, K. Fujimori) presidentas nos 7 maiores países latino-americanos, chances que se alongam mais um ano se Dilma se reeleger (a partir de 2016 Kirchner e Keiko não poderiam se reeleger.)

Está de bom tamanho para um continente tão machista...

x-x-x-x-x-x

Em tempo : na bolsa de apostas ladbrokes.com Obama aparece como favorito para 2012 (paga 1,6 por 1, versus 2,1 por 1 do conjunto republicano.) Sarah Palin está em 3º geral (há um republicano mais favorito como candidato) e Hillary Clinton apenas em 9º geral (mesmo sendo a 2a. favorita dentre os democratas, é quase certo que Obama será o escolhido pelo partido, "paga" apenas 1,06 por 1.)

Não sei quando será composto um novo governo parlamentar no Canadá, mas esse país já teve primeira-ministra, em 1993.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você vai comentar? Que ótimo, fico feliz. Observo que este blog tem lado : o bom combate aos preconceitos. Por isso, comentários que pareçam preconceituosos ou em defesa, mesmo que velada, de um preconceito, serão removidos.